O período colonial possuía no topo de sua pirâmide social os homens brancos de ascendência portuguesa, isto é, grandes proprietários de terra. A vida de suas esposas e filhas estava estritamente subordinada a seus pais e maridos, herdando, dessa forma, a cultura portuguesa de inferioridade da mulher, excluindo-as de qualquer papel público ou estatal. A exceção à essa regra observava-se apenas nas viúvas com filhos menores, que, com a morte de seu marido, ganhavam plenos direitos de propriedade e assumiam o papel do falecido patriarca.
“A miscigenação entre índios e portugueses produziu uma categoria de mestiços que geralmente servia de intermediária entre os dois grupos. No primeiro século, a mistura com os índios prevaleceu, tanto no Nordeste como na região de São Paulo. Em torno de 1600, a miscigenação com os africanos e seus descendentes aumentou. “ (Uma História do Brasil, Thomas Skidmore)
Como descrito por Thomas Skidmore em seu livro Uma História do Brasil, “a legislação colonial discriminava nitidamente os mulatos. Eles eram proibidos de portar armas, vestir roupas ‘custosas’ ou manter posições oficiais na Igreja ou no Estado”. O fato é que a natureza da miscigenação no Brasil colonial não somente explica a sociedade multirracial de hoje, mas também está obviamente ligada ao preconceito racial ainda hoje observado. A mistura racial descrita acarretou em, além de características físicas distintas, uma mistura de culturas que, nos tempos atuais, pode ser observada na culinária e religião típicas do país.
Os jesuítas tornaram-se, logo, dominadores da influência católica, graças ao controle obtido com a educação e a criação de missões indígenas. A política permissiva dos mesmos os colocava freqüentemente em conflitos com os colonos, que os acusavam de roubar sua mão-de-obra para trabalhar, geralmente, não missões jesuítas.
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